22 de maio de 2012

Você conhece a Literatura de Cordel?



Olá leitores do "Meu Livro Rosa Pink"!! Como estão todos? Por aqui, tudo bem, graças ao bom Deus! Completei mais um ano ontem, 21/05 e assim adicionei mais experiência ao meu curriculum (hoho), porque é exatamente assim que eu penso: Mais um aniversário? Mais um ano de experiências acrescidas à minha vida ^^
Hoje trago um tema que muita gente já ouviu falar mas não sabe muito bem do que se trata: Literatura de Cordel.




Literatura de Cordel  é uma modalidade impressa de poesia, original do Nordeste do Brasil, que já foi muito estigmatizada mas hoje em dia é bem aceita e respeitada, tendo, inclusive, uma Academia Brasileira de Literatura de Cordel. Devido ao linguajar despreocupado, regionalizado e informal utilizado para a composição dos textos essa modalidade de literatura nem sempre foi respeitada, e já houve até quem declarasse a morte do cordel, mas ainda não foi dessa vez.
Retirado do site Infoescola


O nome de Cordel teve origem em Portugal, onde os livretos, antigamente, eram expostos em barbantes, como roupas no varal. 
Diz-se que sua origem foi na França, por volta do século XII, mas sua chegada por aqui foi em meados do século XX.
No Brasil, essa cultura é muito presente na região nordeste, tendo como principais autores:


Leandro Gomes de Barros
Seu livreto “O Cachorro dos mortos” vendeu mais de um milhão de exemplares.


João Martins de Athaíde
Autor popular que mais produziu. Comprou os direitos autorais de Leandro Gomes de Barros quando da sua morte, passando a editar também seus poemas.


Cuíca de Santo Amaro
Esse autor usava a poesia de cordel como forma de denuncia contra os corruptos e poderosos.



Um exemplo da Literatura de Cordel

Ai! Se sêsse!… 
Autor: Zé da Luz  


Se um dia nós se gostasse;
Se um dia nós se queresse;
Se nós dois se impariásse,
Se juntinho nós dois vivesse!
Se juntinho nós dois morasse
Se juntinho nós dois drumisse;
Se juntinho nós dois morresse!
Se pro céu nós assubisse?
Mas porém, se acontecesse
qui São Pêdo não abrisse
as portas do céu e fosse,
te dizê quarqué toulíce?
E se eu me arriminasse
e tu cum insistisse,
prá qui eu me arrezorvesse
e a minha faca puxasse,
e o buxo do céu furasse?…
Tarvez qui nós dois ficasse
tarvez qui nós dois caísse
e o céu furado arriasse
e as virge tôdas fugisse!!!
FIM


Eu tentei achar mais textos disponíveis para mostrar a vocês o quão rica é essa arte, mas infelizmente não encontrei. Também com essa onda de que tudo é plágio hoje em dia, dá um certo receio reproduzir algo que não seja escrito pela gente né, nem que seja só pra divulgar um pouco mais um tipo de arte que não é tão disseminado pelos meios de comunicação :)


Por hoje é isso. Se vocês quiserem saber um pouco mais sobre a Literatura de Cordel, acesse o site da ABCL.


Beijos queridos, ótima semana =**


Quer saber mais sobre mim? Acesse meu blog - Doce Insensatez.com


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